O McDonald’s decidiu que era hora de virar a página do McDia Feliz. Depois de décadas com apresentadores e celebridades tradicionais, a marca apostou em Rayssa Leal – sim, a Fadinha do skate – para conectar a campanha com uma geração que mal sabe o que é TV aberta.
Por que importa: A escolha de Rayssa sinaliza uma mudança geracional importante no marketing social brasileiro. Marcas perceberam que Gen Z não engaja com caridade tradicional, mas sim com causas que fazem sentido quando vindas de pessoas que admiram.
A campanha, criada pela GALERIA.ag, traz o mote “No McDia Feliz, o Big Mac abre portas para o futuro” – uma tentativa clara de modernizar a linguagem da ação que acontece há 36 anos. O filme mostra Rayssa convidando para um “rolê do bem”, expressão que provavelmente nunca passou perto de briefings anteriores do McDia Feliz.
A estratégia completa inclui:
- Filme para TV (que a maior parte do público-alvo de Rayssa nem assiste)
- Conteúdo com creators nas redes sociais
- Mídia out-of-home
- Spots de rádio (ok, essa parte ainda é século 20. alô, podcasts!)
- Nova identidade visual com elementos de costura
O contexto: O McDia Feliz acontece em 23 de agosto, com toda a venda de Big Mac (menos impostos) revertida para o Instituto Ronald McDonald (foco em crianças com câncer) e Instituto Ayrton Senna (educação pública).
A jogada: Rayssa representa exatamente o que o McDonald’s precisa: autenticidade geracional, relevância nas redes e uma história de superação que dialoga com o propósito da campanha. Aos 16 anos, ela fala a língua de quem cresceu vendo McDia Feliz como “coisa de velho” e pode mudar essa percepção.
A questão é: será que transformar doação em “rolê” é suficiente para engajar uma geração que questiona tudo? O McDonald’s aposta que sim. Os números de 23 de agosto dirão se a Fadinha fez a mágica acontecer.