A WMcCANN decidiu que chegou a hora de falar a língua do TikTok. A agência lança o Content Studios, estrutura modular que promete integrar conteúdo, social e influência “sob uma mesma abordagem estratégica”. Tradução: querem um pedaço do bolo que creators independentes vêm devorando.
Por que importa: Grandes agências tradicionais estão criando estruturas dedicadas para não perder relevância e clientes para produtoras de conteúdo ágeis e creators autônomos.
A operação “relevância cultural”
O primeiro hub inaugura no Rio com time que mistura backgrounds diversos:
Novas contratações:
- Hela Roberta (Head of Concept): Publicitária, redatora e comediante com 15 anos de experiência + 6 edições do BBB no currículo
- Maria Carregal (Gerente de conteúdo): Creator com 15 mil seguidores
Time existente:
- Dani Ribeiro (CCO)
- Marcio Borges (VP/DG WMcCANN Rio)
- João Resende e Felipe Gomes (Diretores de criação)
“Encaro como desafio empolgante acompanhar tendências, explorar nichos e testar formatos”, diz Hela, em declaração que poderia ter saído de qualquer creator de 20 anos.
O que prometem entregar
A estrutura “modular e personalizada” inclui:
- Estratégia social e de influenciadores
- Produção de conteúdo in-house
- Cocriação com creators
- Análise de performance
- Social listening
O mantra: “Conteúdo de verdade nasce de verdades bem contadas”, segundo João Resende. A ideia é traduzir o DNA das marcas em “relevância, influência e crescimento”.
A real por trás do movimento
Não é um movimento inédito, mas que parece vital levando em consideração as pressões do mercado:
- Clientes questionando valor de agências tradicionais vs. creators
- Marcas contratando influencers direto, sem intermediários
- Produtoras boutique roubando jobs de conteúdo social
O desafio é o mesmo de sempre: conseguir agilidade e autenticidade – que o mercado de creators exige – dentro da estrutura corporativa de uma agência tradicional.